
O conceito AMBIENTAL do Movimento em Defesa da Granja Viana contribui para uma visão ambientalmente responsável da Região Metropolitana A fragilidade ambiental da Região Metropolitana de São Paulo ficou evidenciada no caso do empreendimento Alphaville Granja Viana.
O poder público cedeu às pressões do capital, concedeu licenças de desmatamento e contrariou todos os pareceres e alertas feitos por cientistas do mundo todo diante das mudanças climáticas, nesta região vivem 18 milhões de pessoas, ou seja, 48% da população do Estado de São Paulo.
As singularidades dos aspectos ambientais e a agressividade empresarial da empresa Alphaville - Gafisa revelam como uma realidade local sofre com o novo perfil econômico financeiro do mercado.
Hoje, a atividade do negócio imobiliário se desassocia da realidade física e avilta a pressão sobre os espaços preservados com o objetivo único de produzir dinheiro e lucro financeiro, mas não a moradia.
No caso do Alphaville Granja Viana, não é coincidência que alguns compradores adquiriram vários lotes, concentrando os lotes na mão de investidores e especuladores.
Porém, convém ressaltar a realidade e a percepção da comunidade local sobre os temas ambientais. As licenças concedidas, que são “aparentemente” legais, não contemplam as preocupações e muito menos as conseqüências advindas do cenário de Mudanças Climáticas, contrariando inclusive uma resolução interna da própria Secretaria Estadual do Meio ambiente, Resoluções 031 e 085, assinadas pelo secretário de Meio Ambiente Sr. Francisco Graziano.
Cabe ressaltar que ambas resoluções dispõe sobre os procedimentos e normas para compensações e análise dos pedidos de supressão de vegetação nativa, nos parcelamentos do solo ou qualquer edificação em áreas urbanas e usam como referência o mapa para a Conservação e Restauração da Biodiversidade do estado de São Paulo, coordenado pelo programa Biota – FAPESP.
A comunidade local demonstrou-se afinada com a necessidade de gerenciamento ambiental integrado, surgido a partir do enfrentamento, com precisão e se organiza para uma agenda ambiental local, relacionada às mudanças do clima na região metropolitana.
Identificar os riscos do aquecimento global em regiões de grande concentração populacional é um desafio para os governos porque a vida sob a ameaça de catástrofes ambientais poderá ser muito pior para a população carente.
Os efeitos sinérgicos dos fenômenos climáticos sobre o território metropolitano, exigem análises transversais de: climatologia, poluição ambiental, relevo, hidrografia, áreas de proteção, uso e ocupação da terra, expansão urbana, áreas de inundação e risco de deslizamento, dados censitários e socioeconômicos, informações de saúde, entre outras.
Por isso, é admirável o esforço da comunidade local da Granja Viana em se informar, enfrentar obstáculos e tentar alterações que desafiam velhos hábitos de considerar que o meio ambiente não deve fazer parte das “grandes” decisões na agenda do desenvolvimento.
Apontamos que o capital misturou as fronteiras, e o princípio da precaução ambiental precisa prevalecer, especialmente quando as questões climáticas irão afetar diretamente a vida de milhões de pessoas.
O comportamento local, ainda que recente, convida todo o país em torno do debate ambiental, para o planejamento integrado, para a necessidade premente de inclusão de indicadores ambientais mais amplos, para prevenir os efeitos cumulativos dos empreendimentos, em áreas que na realidade fazem a proteção climática.
Hoje, as licenças dos empreendimentos não contemplam estas preocupações, e muito menos as conseqüências destes com o cenário de Mudanças Climáticas.
O empreendimento Alphaville da Granja Viana desperta, revela e fortalece o papel de fiscalização da sociedade nas políticas públicas relacionadas ao clima e mesmo que muitos ainda não percebam, estas políticas se relacionam com a pauta econômica global.
Entretanto, todos temos ciência de que só conseguiremos avançar quando a administração pública, pressionada pela população, agir com consistência, com a finalidade de evitar tragédias sociais, que envolve tanto pessoas que ocupam áreas de preservação inadequadamente para moradia (como encostas e planícies nativas sujeitas a inundações), quanto para empreendimentos voltados a classes sociais diferenciadas, mais comprometidas com o marketing ecológico do que com as problemáticas ambientais e seus desequilíbrios.
É hora de termos consciência da integração das áreas naturais e termos responsabilidade de preservá-las para a sustentação da vida na Região Metropolitana.
Por conta das diversas IRREGULARIDADES AMBIENTAIS apresentadas
nas audiências públicas das cidades de Cotia e Itapevi,
a comunidade entrou com pedido de REVISÃO GERAL do PROJETO.
A comunidade quer NOVAS AUDIÊNCIAS PUBLICAS
Realmente é hora dos empresários entenderem que não é mais possível a implantação de empreendimentos que causem impactos ambientais sem se comunicar e entender a comunidade local e suas peculiaridades, não é possível que um CEO (Chief) de uma organização fique encastelado só vendo números e respondendo para acionistas anonimos enquanto a sociedade quer o diálogo.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirIMPRESSIONANTE!!!!
Vamos nos unir... fale com a Fau para que este blog tenha seguidores assíduos. O Viva Cotia tem sido o único jornal a colaborar com os moradores
da região.
Conte comigo.
Abs,
Regina :)
Acho que é muito mais além do que uma simples conversa empreendedor x comunidade.
ResponderExcluirA comunidade, pressionada por marketing pezado pode dissernir através de desejos urbanóides (não esquecer o aporte de indivíduos sensivelmente urbanizados que a região vem recebendo nos últimos anos) por soluções que, em muitas vezes, não é tecnicamente a melhor.
Acho que este momento, é um momento crucial para uma mudança de paradigma nas relações entre capital e democracia.
Uma empresa com ambições tão colossais deve, veja bem, deve apresentar um planejamento impecável para o manejo das variáveis ecológicas.
A Alphaville Urbanismo, em seus dois projetos recentes para a região, Granja Viana e Granja Carolina,apresentou propostas de implantação tecnicamente ultrapassadas copiando modelos comprovadamente ineficientes de gerenciamento ambiental.
Não levando aqui como a temática principal, a obscuridade na relação empresa-sociedade e licenças emitidas de forma incoerente com os novos documentos legais elaborados pelo Estado, a apresentação de um projeto que, como citado no próprio EIA/RIMA - Granja Carolina, impactará os sistemas hídricos (ver erodibilidade, uso e ocupação do solo e assoreamentos), recursos bióticos (ver fragmentação florestal, endêmismo na Mata Atlântica, espécies invasoras, pressão de caça e atropelamento de fauna silvestre)e, qualidade de vida (ver ocupação desordenada, pressão no tráfego, explosão demográfica local, poluição e estrutura de serviços públicos), depõe contra a competencia da empresa e ridiculariza a população que tem como direito, que o grande capital, sempre beneficiado por incentivos públicos, traga benefícios à vida, e não "louros ao lucro".
O que eu exigo, como cidadão democrata que sou, é respeito por mim, pelos meus próximos e pelos próximos destes...
O mínimo que a Alphaville Urbanismo deve à sociedade é respeito através de solidez de relações e, solidez nas relações, vem com a verdade, a competência e consequente confiança.
Por se esquivar de suas responsabilades sociais e por desmerecer o respeito técnico pelo planejamento equivocado de suas ações,esta proposta deve ser revisada.
Cabe agora ao Poder Público perceber que a democracia está além do capital.
Será ridículo ver o Estado do meu país defender a democracia além-fronteira e desconsiderar a opinião pública no próprio quintal.
Mas cuidado!
Coisas ricículas as vezes acontecem...
Basta ver as fotos da natureza preservadas
ResponderExcluirhttp://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=119395
Fico aqui da Janela olhando para a mata atraz de mim sendo destruida a cada dia, os bichos desaparecendo e na frente esse barulho infernal de gente pedindo voto, e cada vez mais martelos batendo gente construido barracos e fazendo invasões sem controle estou revoltada não suporto mais ver isto. Tudo isto é aqui em Itapevi na Vila Santa Rita e os politicos fichem que não veem.
ResponderExcluirDesculpe o erro de português Fingem que não vêem.
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