quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sucesso econômico e falta de saneamento.

Nas cidades brasileiras sobram esgotos nos rios, abunda crescimento desordenado e, há todo momento, nos deparamos com noticiário veiculado pela mídia de crescimento econômico, mas infelizmente sem o necessário investimento em saneamento básico.

De um lado crescimento com planejamento precário, do outro o desrespeito ao meio ambiente e ao saneamento ambiental.

A região Oeste e principalmente a região da Granja Viana está perdendo a característica de casas com quintais, jardins, frutas no pomar, da comida feita em casa e com a família reunida em torno de objetivos comuns.

Qual será o futuro da região? Quando, os milhares de novos moradores atraídos pelo encanto e a possibilidade de viver perto da natureza, sentirem a falta de ônibus, congestionamento, falta de água, esgoto, escola, hospital e emprego.

A verdade é que a especulação imobiliária e os construtores não se preocupam muito com esses detalhes.

Mas serão “esses detalhes” que poderão causar a falência do local.

Podemos prever que dentro de algumas décadas, a região estará repleta de edifícios e pouco ou nada restará da ocupação que marcou a região como refugio da cidade grande e local de curtir a natureza.

Isto está acontecendo, porque as autoridades não se interessam pelo patrimônio ambiental e cultural, preferem parcerias com especuladores e incentivam a exploração descontrolada de seu solo. Esquecem-se de que, por culpa da má administração, da ganância imobiliária, dos interesses inconfessáveis, sela o destino da região. Em nome do lucro especulativo, os donos do poder apagam a nossa identidade, liberdade, sossego e o direito de respirar. Os habitantes sem ânimo, sem força, são impelidos a sufocar a própria alma.

O raciocínio é simples, toda a população é vista meramente como pagadora de taxas e impostos, e não pode se manifestar, sendo tratada como radical e contra o “progresso”.

As pessoas que procuraram um lugar tranqüilo e sossegado para morar preferem ir embora, em busca de ambientes melhores.

Então, alguns começam a sentir que o desenvolvimento da região não é assim tão desenvolvimento.

Diante disto, podemos concluir que toda a região oeste está mudando, mas precisa de um processo de renovação urbana na sua estrutura que não comprometa a qualidade de vida e o respeito ambiental.

Se isto não ocorrer, o futuro será improvável, por mais que se alerte, está se perdendo o rumo ambiental, as prefeituras querem passar o trator em tudo para facilitar a especulação imobiliária. Se isso acontecer, estaremos mais uma vez vivenciando a ganância imobiliária, aliada à insensibilidade de governantes e políticos.

Sem generalizar, muitas facilidades foram “vendidas” para que empreendimentos imobiliários e empresas pudessem se instalar de forma e de maneira inadequadas.

O resultado de anos e anos desta prática deixou as cidades brasileiras com rios e córregos poluídos, cidades onde ainda o sistema antigo de fossas é comum, mesmo em Centros Comerciais como os da cidade de Cotia onde, postos de gasolina, shoppings e prédios, centros comerciais, produzem volume maior de esgotos com precários sistemas de tratamento de esgoto instalados; ameaçando a população com possíveis surtos de epidêmicos gerados por essa poluição (hepatite, cólera, intoxicação alimentar causada por metais pesados) ou ainda com o mau cheiro.

Quanto ao descarte de resíduos sólidos, a Lei Federal 12.305/10 surge como importante instrumento para minimizar os problemas ambientais.

Entretanto, a nova Lei, ainda precisa passar por regulamentações, por ora, falta o decreto, que segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará pronto em 90 dias contados a partir de 2 de agosto deste ano.

Somente depois deste decreto a lei poderá ser aplicada, todos nós devemos pressionar a imediata regulamentação da Lei 12.305/2010.

A nova Lei e, a preocupação ambiental está voltada para aqueles empresários que vislumbram lucros fora da destruição, comprometidos com a necessidade de salvaguardar o meio ambiente e aceitam desafios.

Desafios sempre foram para aqueles que enxergam oportunidades de negócios em sintonia com o futuro. Hoje e cada vez mais as atividades e diretrizes ambientais vêm sendo progressivamente e globalmente adotadas.

A região Oeste, e suas cidades Itapevi, Cotia, Vargem Grande Paulista, Jandira entre outras, precisam incentivar e implementar toda medida pioneira, merecedora de destaque quando o assunto é preservação e sustentabilidade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Incêndio - Granja Carolina

Os incêndio na Granja Carolina, mostram que ela não aprende com o passado para respeitar o futuro das novas gerações, como propaga o folheto de marketing.

A fauna nativa sobrevivente, na Região Oeste de São Paulo, no próximo ano, infelizmente terá que enfrentar, mais uma vez gente acostumada a alcançar seus objetivos, sem culpa ou remorso, com excesso de razão e inexistência de emoção.


Conseqüências dos incêndios florestais para o meio ambiente

• Os incêndios florestais acarretam destruição da cobertura vegetal.

• Destruição de húmus e morte de microorganismos.

• Destruição de fauna silvestre, especialmente de animais jovens.

• Aumento de pragas no meio ambiente.

• Eliminação de algumas espécies de sementes em estado de latência.

• Debilitação de árvores jovens tornando-as suscetíveis a pragas e doenças.

• Perda de nutrientes e ressecamento do solo.

• Destruição de belezas cênicas naturais.

• Aceleração do processo de erosão e assoreamento de rios, lagos e lagoas.

Há anos as terras da Granja Carolina, pertencente a dois municípios, Cotia e Itapevi, ardem em chamas nos períodos de seca, entre os meses de junho a setembro. Assim, do Km 34 ao 36 da Rodovia Raposo Tavares, a paisagem do remanescente florestal de Mata Atlântica é sistematicamente alterado por incêndios que duram, muitas vezes, uma semana. Boletins de ocorrências e registros orais deste comportamento já foram incorporados a tradição local desde 1975.

O fogo e a fumaça empesteiam a paisagem por motivos diversos, e vão transformando a mata em pasto. O dolo, ato intencional de destruição ambiental,serve a especulação imobiliária.

Muitas e muitas vezes, o inferno em chamas da Granja Carolina, distante à apenas 30 minutos, é acompanhado de capangas com enormes facões a rondar a Estrada do Pau Furado, lembrando, e muito, a realidades violenta dos confins brasileiro.