terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Será?

Será que as catástrofes ambientais do início de 2010, trarão lucidez a todos que desrespeitam as leis ambientais e as leis da natureza?

Muitas foram as vítimas inocentes nesta temporada de chuvas de verão, mas muitos foram os incautos, crédulos da boa sorte, ou das “vantagens” que os profetas das espertezas lhes prometeram: políticos e especuladores imobiliários.

Mas é assim que começa, também, a culpabilidade das vítimas nas tragédias anunciadas.

Assim, todos, depreciando a vida, secretamente, debocham do meio ambiente, não acreditam em seus sinais e esperam tirar vantagem.

Agindo como asnos, muitos são considerados “progressistas”, destes sem consciência, que se deixam levar pela mediocridade do consumo e diversão, de maneira implacável, não prevendo na sua audácia o preço das conseqüências.

Agindo como asnos, inventam a mentira de um mundo ideal, longe da geografia, da história, da geologia, da física, da química e das mudanças climáticas, acreditando numa vida afastada dos erros e imune às consequencias de seus erros.

Com efeito, são nas tragédias ambientais cada vez mais freqüentes em tempos de mudanças climáticas, que precisaremos vivenciar os erros, e viver a comoção da tragédia.

Numa sociedade motivada pelo consumo e pelas aparências, com facilidade somos atraídos pela fantasia e caímos nas ilusões promovidas pelos marketeiros.

A população cada vez mais longe das emoções verdadeiras que nos permitiria enriquecer nossas vidas, prefere o ideal de playground, onde cada um pode exercer a sua vontade e prevalecer o desejo do mais forte.

Eu quero, eu posso e que se dane o resto

Se existe uma Lei de proteção ambiental, numa canetada de um amigo “pulitico” abre-se uma brecha e está feita a vontade do corrupto e do corruptor.

Qualquer um sabe que muitos dos que hoje choram perdas dos entes queridos, a rigor, acabaram cedendo aos encantos do consumo e do pouco exercício de cidadania.

Na área da Granja Carolina-Alphaville, é preciso definir com critério se os riscos ou benefícios da ocupação pretendida serão, no final das contas, bons ou ruins para a cidade de Itapevi.

A análise de suas características geográficas, geológicas e ambientais, sua natureza real e concreta, bem longe das varinhas mágicas que permitem fazer com que todos arquem com os prejuízos.

Será que isto significa não evoluir?

Será que agir com cautela e inteligência não é ser progressista?

Muito pelo contrário, trata-se de avaliar com exatidão os efeitos, aceitando os limites e a finitude deste planeta, reencontrando um lugar na estrutura do real e nos adaptando tanto quanto possível à nova realidade das mudanças climáticas.

Características do solo da região do empreendimento Alphaville Granja Carolina, no empreendimento “ Vila Florestal – Reserva Cotia”

PROCESSO SMA 13.536/07, localizado entre as cidades de Itapevi e Cotia

(Clique na imagem para ampliar)



Um comentário:

  1. Veja estas cenas que gravei em 22/12/2009.
    Cenas que eu havia visto apenas na tv, até então!!!!
    Um dos carros estava totalmente submerso e isso foi em Cotia.

    http://www.youtube.com/watch?v=NTlMLtAoxck

    ResponderExcluir

meioambientegranjacarolina@gmail.com