segunda-feira, 31 de maio de 2010


Quando eu vim morar aqui,
passei anos tranqüilos,
meus vizinhos eram caipiras
sempre muito discretos,
hoje com muito barulho,
são todos modernos.

O que significa preparar os jovens para um pensamento crítico em tempos de consumismo desenfreado, crise de valores morais e capitalismo turbinado?

"Como dizia Nietzsche, o futuro produz barulho" e nos lembrava que o que importa "vem com passos de pomba'".

Jorge Larrosa, professor de filosofia da educação da Universidade de Barcelona diz:

"Para se ter uma escuta apurada para perceber o que importa no presente temos de silenciar essa barulheira sobre o futuro."

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem vai ser o perna de pau?

Gentileza Gera Gentileza
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Estamos passando por um período de profunda transição onde não faltam cenários turbulentos com, crise financeira, aquecimento global e destruição ambiental.

No primeiro quesito o Brasil conseguiu atravessar com certa tranqüilidade a crise mundial, originária no mercado imobiliário e capitaneada pelos financiamentos irresponsáveis das instituições financeiras. A solução foi o socorro a estas instituições, com dinheiro público injetado nas instituições privadas, o que acabou causando o endividamento de países “evoluídos”no cenário mundial.

O socorro de problemas isolados, o dito apagar de incêndio, sempre provoca efeitos colaterais no elo mais fraco, na população em geral; causando desemprego e crise social.

Será que nos brasileiros, reles mortais neste mundo globalizado, estamos imunes a isto?

O povo em geral, como gato escaldado, sabe que não.

Estamos vivendo o paraíso da especulação imobiliária e do crédito fácil, que será mais azeitado com a copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Estes dois eventos vão ser a fada e duende da destruição ambiental.

Tudo precisará ser aprovado a toque de caixa para atender a agenda dos eventos.

Se na economia o Brasil vai bem, e boa parte desta vitória se deve aos cuidados das nossas instituições financeiras em manter tudo sob controle, no lado ambiental vai mal e as perspectivas é que vai piorar.

As cidades de Sorocaba e São Roque já estão preocupadas em se transformar em cidades dormitórios com o anúncio do projeto de ligação ferroviária entre São Paulo e estas cidades.

Obviamente se governos locais e população deixarem a especulação comandar, os efeitos negativos poderão gerar colapsos de grandes proporções sociais.

Logo, é hora de defender o patrimônio local para num futuro próximo, não ficar com os conhecidos problemas das cidades dormitórios.

Pensar em preservar o patrimônio, é poder desempenhar papel representativo, em paridade de poder baseado na idéia de qualidade de vida, para isto, será necessário aprender a levar o mesmo rigor do setor econômico, para a proteção do nosso patrimônio ambiental e cultural.

Todo o momento, políticos, empresários e economistas do governo apresentam boas perspectivas econômicas, porém, se olharmos para as ineficiências regulatórias do mercado especulativo imobiliário e, as facilidades com que dobram políticos e políticas públicas ao seu favor, as cidades ao redor do olho do furacão, metrópole, poderão esperar perspectivas sinistras de descontrole financeiro, destruição ambiental e cultural e crise social. Desenho urbano conhecido nas periferias metropolitanas de mais favelas e violência.

O melhor portanto, será dar menos importância aos resultados imediatos, e projetarmos um desenvolvimento, de vida mais longa, voltado para o futuro, para não pôr tudo a perder na hora que os “parceiros” já estiverem gastando os lucros em outras paragens.

As cidades da região Oeste, precisam criar legislações e regras de proteção ao patrimônio local, ao mesmo tempo atender a demanda de crescimento, impossível de ser barrado. Neste contexto ganhará aquela localidade que soube olhar adiante com cautela, advinda da proteção do seu patrimônio.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O que eu ganho com isso?

É consenso que a criminalidade, a violência tem crescido nas áreas urbanas. A população, que experimenta em sua vida cotidiana os efeitos da violência, sente medo e espera o aprimoramento das leis.

Com as avaliações negativas, os indivíduos acabam reforçando o seu lado individualista.

O individualismo estimula a falta de relacionamento entre pessoas que convivem numa mesma área, propiciando território de circulação livre para os criminosos e os parias da sociedade.

Logo a necessidade de mais proteção contribui para a sensação de desconfiança e insegurança coletiva, tornando cada vez mais complexa a possibilidade de soluções.

Como é viver em comunidade na realidade brasileira?

É fato que historicamente somos individualistas e ainda não conseguirmos ultrapassar a barreira do individual para o coletivo. Carecemos de valores coletivos persistentes, mantemos sempre vínculos frouxos de envolvimento com o que é de todos.

Não gostamos de assumir responsabilidade com a coisa pública e com os problemas locais.

Talvez isto explique a perseguição pelo sucesso, preocupação excessiva com a moda, com a fama e as vantagens e seu lado mais obscuro: vantagens e sucesso a qualquer preço, mesmo que seja ilegal.
Numa sociedade como a nossa, o nível de competição entre os indivíduos dificulta a identificação entre conflito e competição. Fazemos valer diariamente o ditado: cada um cuidando de si na trilha da involução das relações humanas, só tem valor se tiver valor de troca.

- O que eu vou ganhar com isso?

Se não ganho nada individualmente respondo com a clássica: estou atolado de trabalho, preciso cuidar da minha carreira, não posso perder a oportunidade, não posso ir contra o progresso.

Sem condenar projetos individuais, para nós esta não é tarefa difícil, mas não agüentamos sacrificar interesses individuais para o bem comum, não temos empatia com nada além do umbigo, muitas vezes, o próprio filho.

Sem querer generalizar, mas esta é, sem dúvida nenhuma, a marca da nossa personalidade coletiva - o próprio umbigo.

Detestamos qualquer sacrifício em favor de um terceiro, isto nos parece insuportável.

É dentro desta premissa social que: preferimos desmatar área de preservação ambiental, mudar leis para favorecer interesses individuais, sermos campeões de desigualdade social e etc. e tal.

- O que eu vou ganhar com isso?

Você individualmente nada.

Agora você, como parte do coletivo, ganha coragem e lucidez para encarar a realidade é construir outro rumo de felicidade fora do próprio umbigo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Gentileza Gera Gentileza


Algumas pessoas discordam em compartilhar conhecimento, respeitar vizinhos, amigos, leis e o meio ambiente.

Quanto ao meio ambiente e fiscalizar, muitos acreditam não ser GENTILEZA.

Entretanto, Gentileza é convivência com o meio, com as pessoas da mesma espécie e de outras espécies.

O reconhecimento destes valores fortalecem e enriquecem a vida.

A gentileza de uma pessoa com a outra, com os vizinhos e com o meio ambiente, ultrapassam a idéia de tapinhas nas costas, sorrisos falsos, festinhas, turismo ecológico, Discovery Channel e fotografias.

Compreender o que é ser gentil é medir conseqüências em tudo o que fazemos, desde as menores atitudes como: lembrar que as pessoas ao lado também existem e deixar de ser lobo em pele de cordeiro.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vizinhos Dinossauros

Alheios a extinção dos Dinossauros, roqueiros Dinossauros vivem num paraíso ecológico e seguem devorando a paisagem natural do que resta de verde na metrópole que não quer parar.

Apesar dos moradores do Vila Verde, vizinho da Granja Carolina, serem privilegiados com uma natureza exuberante, rico de fauna e flora, muitos não conseguem desfrutar do silêncio, dos pássaros e da paisagem maravilhosa que possuem.

Em época de transformações climáticas e desafios ambientais e na contramão do que é um condomínio ecológico, os moradores do Vila Verde preferem imprimir suas pesadas pegadas e seu som ensurdecedor sobre tucanos, jacus, gatos do mato, corujas e mais de 400 espécies, muitos na lista de extinção.

Alheios às mudanças de comportamento, preferem debochar do respeito à natureza, repetem os erros da suja e barulhenta cidade de São Paulo e redondezas devastadas, de onde jamais deveriam ter saído. Como não querem aproveitar a natureza, preferem acelerar motocicletas, promovem shows de rock com muitos patrocinadores e fins lucrativos, sob o pretexto de que ajudam criancinhas.

Estes eclâmpticos ecológicos perdem a oportunidade de aprender e ensinar o respeito e o direito coletivo e preferem o vazio.

Onde todo este vazio começou?

Estamos cada vez mais ficando vazios de paisagens, de objetivos, de amor, de vontade, de coragem para recomeçar e reconhecer que a paisagem é repleta de oportunidades, de vida e de pessoas.

Infelizmente no Vila Verde os moradores preferem festejar o barulho de motos, de buzinas e de roqueiros barulhentos, tudo promovido pela Associação de Moradores deste Loteamento.