quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Porque será que de boas intenções o inferno está cheio?


O Projeto de Lei 7183/10 que autoriza os estados e o Distrito Federal, a regulamentar sobre toda a vegetação situada nas margens de rios, lagos, lagoas, reservatórios d’água naturais e ou artificiais, quando se tratar de áreas urbanas, é mais uma destas “boas intenções”.

O projeto é do deputado não eleito, Fernando Lopes (PMDB-RJ) e quer modificar o Código Florestal (Lei 4.771/65). Com a nova proposta de Lei as áreas de preservação permanente (APPs), hoje protegidas pelo Código Florestal, inclusive em áreas urbanas, poderão ser ocupadas.

Ignorando que as APPs nas regiões Metropolitanas de São Paulo e do Brasil estão sobre municípios que, para aumentar a arrecadação com o IPTU, declararam seus territórios como 100% urbanos, o nobre deputado justifica assim sua proposta de Lei:

“estas áreas já estão sendo ocupadas irregularmente”

O projeto, seguindo o objetivo de destruição em massa, tenta corrigir o “exagero” das exigências do atual código florestal dizendo: 80% da população brasileira vive em cidades. Com esta proposta pretende eliminar de vez a consequência deste “exagero”, fazendo boa parte da população que ocupa este "EXAGERO" morrer de sede, fome, calor e enchentes.

Afinal toda a "HUMANIDADE" possuí o "PÉSSIMO HÁBITO" de respirar, beber água, comer e morar.

O não reeleito deputado Fernando Lopes (PMDB-RJ), assim como aqueles que o apóiam, acreditam que: “não faz sentido usar o Código Florestal para proteger as APPs nas áreas urbanas”

Nas palavras do deputado, a vegetação nestas áreas não é importante: “até porque não há, salvo raras exceções, propriamente florestas, mas tão somente e, no máximo, alguns poucos espécimes muitas vezes exóticos”.

Para saber mais sobre o Político Fernando Lopes, visite o endereço abaixo:

http://www.excelencias.org.br/@candidato.php?cs=1&id=481

Para saber mais sobre o Projeto de Lei, visite o endereço da câmara:

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/150802-PROJETO-AUTORIZA-ESTADOS-A-REGULAR-USO-DE-MARGENS-DE-RIOS.html

domingo, 17 de outubro de 2010

Prefeitos da Região - um exemplo a seguir

Será que alguém consegue fazer esta matéria chegar às mãos dos prefeitos da região?


Adesão ao IPTU Verde cresce no interior.

Em São Carlos, solicitações passaram de 2.796 em 2007, na primeira edição do programa, para 5.596 neste ano de 2010.

A prefeitura de São Carlos concede descontos de até 4% no IPTU para moradores que plantam árvores ou mantêm áreas permeáveis nos imóveis.
O projeto já alcança 5% do total de contribuinte da cidade.
Em 2007, primeiro ano do projeto, houve 2.796 solicitações, em 2009 o número subiu para 4.738 e este ano 5.596 pessoas se inscreveram para obter o desconto em 2011 - algo próximo a 5% do total de contribuintes da cidade.

Com o benefício verde e os descontos por pontualidade, o contribuinte pode ter uma conta de IPTU até 24% menor, segundo o secretário da Fazenda da cidade, Paulo Almeida.

O professor aposentado Benjamim Mattiazzi, 76, é um dos beneficiados. Ele paga 12% a menos do valor original do IPTU.
Segundo ele, nos 25 anos em que mora na mesma casa, plantou dez árvores em frente à fachada, no quintal, mantém uma grande área verde com muitas árvores, algumas delas frutíferas.

A autônoma Maria Helena Salvador, 53, também é beneficiada pelo IPTU Verde. Ela recebe 2% de desconto sobre os R$ 1.500 que deveria pagar. Em 13 anos, ela plantou dez árvores.

"Muito mais do que uma economia, o programa pode ajudar na conscientização sobre a importância de se preservar áreas permeáveis."
A população de São Carlos conta ainda com um serviço chamado Disque Árvore, pelo qual são doadas duas mudas, de espécies diferentes, por endereço ao mês.

DESCONTOS
As inscrições precisam ser renovadas todos os anos. A lei concede desconto de 1% no valor do IPTU aos imóveis urbanos edificados e horizontais com terrenos de até 250 m2, com área permeável de 5% a 8% em relação a sua área total. Acima de 8%, o desconto sobe para 2%.
Já os terrenos com mais de 250 m2 e com área permeável de 8% a 10% têm 1% de desconto.
Acima de 10%, o benefício sobe para 2%.
Além disso, os imóveis que tiverem 10 m lineares ou mais de fachada e uma ou mais árvores na calçada também podem receber mais 2% de desconto no IPTU.


HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A SÃO CARLOS

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vizinho - Aterro Sanitário


O que os números nos revelam?
1- Marina Silva obteve 20% de votos na votação para presidente do Brasil. Quem cantou vitória e quem desafiou, podem ter como certos que: os votos que fizeram a diferença foram os ambientais.

2- Em menos de um mês a comunidade do loteamento Santa Paula em Cotia no Km 39 da Raposo Tavares conseguiu mais de 10.000 assinaturas em um abaixo assinado contra o Aterro Sanitário de Cotia.

Fica claro que em ambos os casos os políticos de plantão desprezaram o interesse da população para os graves problemas ambientais.

Os números da eleição revelaram que o fiel da balança é a questão ambiental, desprezada pelos outros dois candidatos desenvolvimentistas puros sangue.

Esta tendência só tende a aumentar, pois a população urbana é maior que a população rural, e é nas cidades que os problemas ambientais afetam mais diretamente as pessoas.

Nas cidades, o LIXO se acumula, o TRÂNSITO atrasa nossas vidas, o ESGOTO fede e traz doenças, as ENCHENTES destroem vidas e o patrimônio, o BARULHO ensurdece e a FUMAÇA sufoca.

Como os políticos só se lembram da população em época de eleição para pedir voto, e para isto basta ser palhaço. Matreiramente fazem parcerias com os representantes do poder e do dinheiro e deixam a palhaçada rolar solta no circo das cidades.

São Planos Diretores sem preocupação ambiental, projetos urbanísticos fora de nossa realidade, flexibilização das Leis Ambientais e por aí vai toda a ladainha de atrações circenses.

Nas cidades não faltam palhaços travestidos de políticos assim como não faltam projetos insustentáveis travestidos de sustentáveis, jogadas de marketing de empresários atrasados e grandes patrocinadores dos circos municipais.

A relação desses empresários com o meio ambiente é conflituosa, por isto a opção desse segmento pelo marketing mentiroso e não pela decisão mais responsável e sensata.
A virada somente acontecerá quando este segmento da sociedade oferecer projetos empresariais que evitem os danos à biodiversidade e melhorem a qualidade de vida de todos, deixando de patrocinar o circo.

Os empresários precisam entender que para exercerem suas atividades e obterem lucros, não precisam ignorar o meio ambiente.

Neste sentido os números indicam que, os anseios da sociedade civil não coincidem com os dos políticos e de que boa parte dos patrocinados pelos empresários são palhaços. Apesar do grande número de votos que o palhaço recebeu, a mensagem foi para os patrocinadores.

O poder hoje emana da sociedade e não dos políticos.

Entender o significado dos fatos pode não ser fácil e é até bem mais complexo, mas a mensagem com certeza aponta que: hoje o poder está cada vez maior nas redes sociais, elaboradas de forma simples nas relações pessoais, onde a credibilidade é o ponto fundamental.

Políticos e empresários tem dificuldade de aceitar a descentralização atual de poder, que passa pela construção de um novo relacionamento com a sociedade civil; forças que precisam ser ouvidas, que votaram na Marina, no Serra, na Dilma e no Plínio. Gente que não quer o aterro sanitário no Tabuleiro Verde, prejudicando o manancial de água, e antenada com o MEIO AMBIENTE.

Gastar rios de dinheiro com Marketing Centralizador daqui para frente é jogar dinheiro no lixo e acreditar que somos palhaços.