Nas cidades brasileiras sobram esgotos nos rios, abunda crescimento desordenado e, há todo momento, nos deparamos com noticiário veiculado pela mídia de crescimento econômico, mas infelizmente sem o necessário investimento em saneamento básico.
De um lado crescimento com planejamento precário, do outro o desrespeito ao meio ambiente e ao saneamento ambiental.
A região Oeste e principalmente a região da Granja Viana está perdendo a característica de casas com quintais, jardins, frutas no pomar, da comida feita em casa e com a família reunida em torno de objetivos comuns.
Qual será o futuro da região? Quando, os milhares de novos moradores atraídos pelo encanto e a possibilidade de viver perto da natureza, sentirem a falta de ônibus, congestionamento, falta de água, esgoto, escola, hospital e emprego.
A verdade é que a especulação imobiliária e os construtores não se preocupam muito com esses detalhes.
Mas serão “esses detalhes” que poderão causar a falência do local.
Podemos prever que dentro de algumas décadas, a região estará repleta de edifícios e pouco ou nada restará da ocupação que marcou a região como refugio da cidade grande e local de curtir a natureza.
Isto está acontecendo, porque as autoridades não se interessam pelo patrimônio ambiental e cultural, preferem parcerias com especuladores e incentivam a exploração descontrolada de seu solo. Esquecem-se de que, por culpa da má administração, da ganância imobiliária, dos interesses inconfessáveis, sela o destino da região. Em nome do lucro especulativo, os donos do poder apagam a nossa identidade, liberdade, sossego e o direito de respirar. Os habitantes sem ânimo, sem força, são impelidos a sufocar a própria alma.
O raciocínio é simples, toda a população é vista meramente como pagadora de taxas e impostos, e não pode se manifestar, sendo tratada como radical e contra o “progresso”.
As pessoas que procuraram um lugar tranqüilo e sossegado para morar preferem ir embora, em busca de ambientes melhores.
Então, alguns começam a sentir que o desenvolvimento da região não é assim tão desenvolvimento.
Diante disto, podemos concluir que toda a região oeste está mudando, mas precisa de um processo de renovação urbana na sua estrutura que não comprometa a qualidade de vida e o respeito ambiental.
Se isto não ocorrer, o futuro será improvável, por mais que se alerte, está se perdendo o rumo ambiental, as prefeituras querem passar o trator em tudo para facilitar a especulação imobiliária. Se isso acontecer, estaremos mais uma vez vivenciando a ganância imobiliária, aliada à insensibilidade de governantes e políticos.
Sem generalizar, muitas facilidades foram “vendidas” para que empreendimentos imobiliários e empresas pudessem se instalar de forma e de maneira inadequadas.
O resultado de anos e anos desta prática deixou as cidades brasileiras com rios e córregos poluídos, cidades onde ainda o sistema antigo de fossas é comum, mesmo em Centros Comerciais como os da cidade de Cotia onde, postos de gasolina, shoppings e prédios, centros comerciais, produzem volume maior de esgotos com precários sistemas de tratamento de esgoto instalados; ameaçando a população com possíveis surtos de epidêmicos gerados por essa poluição (hepatite, cólera, intoxicação alimentar causada por metais pesados) ou ainda com o mau cheiro.
Quanto ao descarte de resíduos sólidos, a Lei Federal 12.305/10 surge como importante instrumento para minimizar os problemas ambientais.
Entretanto, a nova Lei, ainda precisa passar por regulamentações, por ora, falta o decreto, que segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará pronto em 90 dias contados a partir de 2 de agosto deste ano.
Somente depois deste decreto a lei poderá ser aplicada, todos nós devemos pressionar a imediata regulamentação da Lei 12.305/2010.
A nova Lei e, a preocupação ambiental está voltada para aqueles empresários que vislumbram lucros fora da destruição, comprometidos com a necessidade de salvaguardar o meio ambiente e aceitam desafios.
Desafios sempre foram para aqueles que enxergam oportunidades de negócios em sintonia com o futuro. Hoje e cada vez mais as atividades e diretrizes ambientais vêm sendo progressivamente e globalmente adotadas.